Uma comunicação eficaz assegura não apenas a transmissão de ideias e pensamentos, por meio de mensagens que estimulem a compreensão, mas a tomada de decisões e a abertura para mudanças. Comunicar é saber partilhar uma informação e, para uma interação assertiva, são necessários objetivos claros, como estabelecer conceitos sobre o que se almeja dizer, quem se deseja alcançar e onde a mensagem deve ser propagada.
O que muda quando a comunicação está atrelada à promoção da saúde? Quando bem gerenciada, a comunicação na saúde atinge o propósito de educar o paciente e a sociedade como um todo. Partindo-se da relevância da comunicação como ferramenta para disseminar campanhas, ideias e soluções aos serviços dos trabalhadores de saúde, é necessária a implementação de uma comunicação dialógica 360° – o que inclui o estímulo por terminologias adequadas e mais assertivas ao tratar de uma patologia e a quebra de estereótipos ao abordar cada tema com a seriedade necessária.
Um bom exemplo é a substituição de palavras como “gordo” ou “obeso” por obesidade, desmistificando a ideia de que o sobrepeso seria uma condição voluntária do indivíduo. Do mesmo modo, “insulinodependente”, “aidético”, “diabético”, para citar outros exemplos, são formas inadequadas de se referir a pessoas com tais patologias. É necessário atentar-se ao uso de formas de linguagem não apenas para a compreensão do público, mas para não criar mais estigmas.
Além disso, a comunicação em saúde é importante para o estimulo a uma vida saudável, muito mais do que apenas promover um serviço ou instituição. Engloba a utilização de estratégias de comunicação para informar e influenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades no sentido de promoverem a sua saúde, contribuindo para a prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida.
Desse modo, a credibilidade das fontes de informação especializadas deve ser apurada, além do uso do Código de Ética Médica e a Resolução 1701/03, do Conselho Federal de Medicina, que regulamenta o assunto, visando coibir a publicidade indevida ou enganosa, o sensacionalismo, a exposição pública de pacientes, a mercantilização da medicina e a prática de concorrência desleal entre médicos. Estruturar a comunicação na saúde é estabelecer o relacionamento ético com a mídia; seja por meio da assessoria de imprensa, do marketing digital ou qualquer outra forma de comunicação, é fundamental ter consciência do impacto que as informações podem causar na sociedade.
É preciso uma gestão especializada para que a estratégia de comunicação na saúde seja, além de ética, eficaz. A importância de uma assessoria especializada em saúde abrange o combate à desinformação, com estratégias de conteúdo que visem a credibilidade da marca, respostas rápidas e sólidas e a desconstrução de informações falsas, trazendo contrapontos baseados na visão de médicos especialistas. É caso do marketing de conteúdo, uma forma eficaz de disseminar informações relevantes para saúde e qualidade de vida, aumentando a visibilidade do médico ou da instituição junto a seu público e engrandecendo sua reputação.
Por: Fernanda Martinelli, Public Relations – PR Consulting Global